segunda-feira, dezembro 05, 2005
Quando a pressa NÃO é inimiga da perfeição
Era pro Lucas nascer hoje, mas o apressadinho não aguentou esperar e resolver vir antes.

Nessa correria que eu estou ultimamente, nem tive tempo de contar como é que tudo aconteceu.

A dpp (data prevista do parto) era pro dia 14/12. Como o Lucas estava sentado (apresentação pélvica) minha médica marcou a cesárea pro dia 05/12, porque eu não podia entrar em trabalho de parto.

E é lógico que eu estava sossegadona. Ainda tinha tempo pra montar as lembrancinhas, lavar as roupinhas, fora que a passagem do Rô estava marcada para o dia 25/11!

Na madrugada de domingo pra segunda (13~14/12), minha bolsa rompeu. Não foi nada parecido com aquelas cenas de filmes, onde sai um rio de dentro da mulher e ela já começa a berrar de dor... Não senti dor nenhuma. De manhã fomos pro consultório e de lá direto pro Santa Joana. Como eu não estava tendo contrações nem dilatação, marcaram a cirurgia pra hora do almoço.

Quando me levaram pro centro cirúrgico, começou a me dar o maior medão. Quem me conhece sabe que eu sou muuuuito cagona. Tenho medo de injeção, passo mal quando tiro sangue... a idéia de ser cortada e ter uma pessoinha sendo arrancada de dentro de mim nunca me agradou.

Quem acompanhou o parto foi a Priscila, minha irmã caçula, já que o Rô não tinha chegado ainda. Ela é testemunha do meu medo. Eu estava até tremendo... a hora da aplicação da anestesia é uma "beleza"! Não que doa, mas é uma posição tão desconfortável que a última coisa que vc consegue é relaxar!

Depois disso comecei a sentir um cheiro de queimado dentro da sala... se eu soubesse que aquele cheiro era do bisturi elétrico... acho que eu saia correndo, anestesiada e tudo... hahaha

Mas então veio o momento que fez tudo isso valer a pena. Eu ouvi o choro do Lucas. Posso viver 200 anos e eu nunca vou esquecer esse momento. Piegas sim, mas verdadeiro.