Eu nem ia falar mais nada sobre isso...
Horrível ficar sem internet, o assunto já até esfriou, mas eu pensei tanto sobre isso que eu vou escrever mesmo assim.
É sobre o Vanderlei Cordeiro de Lima, aquele que foi medalha de bronze na maratona.
Então, eu passei a semana inteira pensando na atitude dele. No exemplo que ele foi. E não pude deixar de pensar: E se fosse comigo?
Foi então que eu percebi que isso acontece com a gente todos os dias. A gente tá lá, correndo a nossa maratona, dando tudo pra atingir nosso objetivo e de repente, aparece um tiozinho maluco pra tentar derrubar a gente.
E o que eu faço nessas horas?
Eu vejo o tiozinho vindo na minha direção, páro, dou meia volta e saio correndo no sentido contrário.
Ou eu espero que o tiozinho da barba branca venha me socorrrer. E ainda me pegue no colo e me leve pra linha de chegada.
Ou páro tudo, e concentro minha atenção no irlandês. Bato, soco, chuto o desgraçado até que ele perca os sentidos e não possa mais me atrapalhar. Daí eu volto pra corrida. Só que já é tarde, todo mundo já foi embora e minhas chances acabaram.
Ou eu até consigo me desvencilhar do irlandês, corro de novo, sou ultrapassada como Lima foi, chego como ele em terceiro lugar, só que no primeiro microfone que eu vejo, eu começo a soltar todos os palavrões que eu conheço e choro de tristeza, porque bronze não é prata nem ouro...
Quero evoluir o suficiente pra que um dia eu tenha a grandeza de agir como o Vanderlei Lima agiu. Mesmo tendo encontrado um obstáculo no seu caminho, ele teve forças pra superé-lo, continuou dando tudo de si. Se alegrou com o terceiro lugar, pelo verdadeiro valor que ele tinha e não pensando que poderia ter sido um ouro.
Parabéns pra ele. Pelo bronze na maratona e pelo ouro na garra.